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Por Gustavo Brigatto, Valor — São Paulo


O navegador Chrome, do Google, vai bloquear, a partir de 9 de julho, formatos de anúncios que atrapalham a navegação do internauta no Brasil e em outras partes do mundo.

O filtro foi adotado nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa inicialmente em fevereiro de 2018 e faz parte de um movimento de empresas de internet, agências de publicidade e anunciantes para combater anúncios considerados incômodos para quem navega na web.

A avaliação é que esses formatos sejam os grandes responsáveis pela disseminação no uso de softwares que bloqueiam a exibição de anúncios, que restringem o alcance da publicidade na web. Nos EUA, maior mercado de publicidade do mundo, mais de um quarto dos internautas (27%) usam um bloqueador de anúncios.

Entre os tipos considerados ruins estão imagens que saltam na tela do celular ou do computador, anúncios que tocam músicas sem autorização ou que bloqueiam a navegação com uma contagem regressiva que não pode ser interrompida.

O anúncio do Google foi feito junto com a divulgação da expansão global das operações da Aliança por Melhores Anúncios (CBA, na sigla em inglês), organização que tem como objetivo definir boas práticas a serem seguidas na publicidade na internet, anunciou hoje a expansão de suas operações para todo o mundo.

Até agora, a iniciativa criada em 2016 por iniciativa do Google vinha operando de forma oficial apenas nos EUA e à Europa. Em outros países, a atuação era meramente educativa. Com a expansão global, a ideia é aumentar a lista de associados. Os integrantes do grupo — que hoje conta com nomes como Google, Facebook, Microsoft, Outbrain, Taboola, Omnicom e “The Washington Post” — se comprometem a não usar em suas páginas os anúncios que atrapalham o internauta. “É uma questão de criar uma fundação sólida para o crescimento do futuro. A publicidade on-line só pode ser sustentável se fizer o que é certo para o consumidor”, disse ao Valor, Stephan Loerke, presidente da federação mundial de anunciantes (WFA).

Para Joe Barone, sócio-diretor da área de proteção de marcas da GroupM, divisão de compra de mídia do grupo WPP, abrir mão de alguns tipos de anúncios que hoje são bons geradores de receita é um problema para as empresas no curto prazo, mas, no longo prazo, trará benefícios.

A lista de 12 formatos da CBA foi criada por meio de uma pesquisa inicial com 25 mil consumidores dos EUA e da Europa. Mais recentemente, a amostra foi ampliada, chegando a 66 mil pessoas em países que representam 70% dos gastos em publicidade na internet, incluindo o Brasil. No momento, a CBA está olhando a metodologia da pesquisa e para novos formatos de anúncios em vídeos e dispositivos móveis que possam, eventualmente, ser incluídos.

Segundo Renato Girardi, diretor de operações da entidade que reúne as empresas do mercado de publicidade na internet no Brasil, o IAB, com a expansão o assunto ganhará mais interesse do mercado local.

A expectativa é que o prazo de seis meses dado pelo Google seja usado por donos de sites que exibem anúncios para se adaptarem ao novo padrão. A companhia tem feito uma análise automática de páginas, e uma avaliação manual pode ser feita por meio de uma ferramenta oferecida por ela, o Ad Experience Report (https://www.google.com/webmasters/tools/ad-experience-unverified)

“Em primeiro de janeiro de 2019, dois terços dos sites que em algum momento foram indicados como não-compatíveis com o padrão agora já estão adaptados. Além disso, das milhões de páginas que nós avaliamos até hoje, menos de 1% tiveram seus anúncios bloqueados”, escreveu Ben Galbraith, diretor de produto do Chrome em postagem no blog oficial do Google.

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